segunda-feira, 30 de abril de 2012

3ª LEI DE NEWTON – AÇÃO E REAÇÃO


Relembrando:
1ª Lei de Newton (Inércia) ® Todo corpo mantém seu estado de movimento retilíneo uniforme ou repouso se não existirem forças resultantes, diferentes de zero, agindo sobre ele.
2ª Lei de Newton (FR = m.a) ® Relaciona a força resultante, capaz de alterar o estado de movimento ou repouso das coisas, com a aceleração que esta causada.

Interação entre os corpos
Dizemos que está ocorrendo uma interação entre corpos, ou objetos, quando um está aplicando uma força sobre o outro.
Como isso pode acontecer...
Forças de campo: Quando os corpos aplicam forças entre si sem estarem em contato uns com os outros. Exemplos: Imãs, força peso etc.
Forças de contato: Quando os corpos aplicam forças entre si somente quando estão em contato uns com os outros. Exemplos: força normal, força de atrito etc.
A 3ª Lei de Newton, também conhecida como Lei da ação e reação, nos diz que:
"Se um corpo A aplica uma força sobre um corpo B, este corpo B aplicará simultaneamente uma força de igual intensidade e direção, mas sentido contrário, sobre o corpo A"
Disso podemos concluir que as forças sempre aparecem aos pares na natureza, elas nunca ocorrem sozinhas.
Alguns exemplos:
Quando uma bola de bilhar choca-se contra outra ocorre uma interação entre elas, ou seja, ocorre uma aplicação de forças entre elas somente enquanto estão encostadas (forças de contato).
Quando dois imãs são colocados próximos podemos reparar que eles podem se aproximar ou se afastar um do outro. Isso mostra que estão aplicando forças entre si (forças de campo).
A força que o planeta Terra aplica sobre o seu corpo chamasse força peso (força de campo), e pela 3ª Lei de Newton, seu corpo também aplica uma força sobre o planeta, mas como sua massa é bem menor que a da Terra, as conseqüências dela sobre você são maiores.
Um bloco pendurado em uma mola aplica uma força sobre esta (força de contato), mas a mola também aplica uma força sobre o corpo, por isso ele fica pendurado sem cair (em equilíbrio).

Algumas confusões que são comuns quando se estuda a 3ª Lei de Newton: 
Quando um fusquinha choca-se com um caminhão, ocorre uma interação de forças entre eles (da mesma maneira que as duas bolas de bilhar), mas será que o caminhão aplica uma força maior sobre o carro ?
NÃO !!!!
Pela 3ª Lei de Newton sabemos que a força aplicada pelo caminhão terá a mesma intensidade da força aplicada pelo carro.
Mas então porque o carro sempre "leva a pior" ?
Porque a massa do carro é menor. Lembre-se, a mesma força aplicada sobre um elefante e sobre uma formiga causam diferentes conseqüências. (...coitada da formiga !!!) 
Uma pessoa empurrando uma parede, sem que esta, logicamente, saia do lugar. Será que a parede também aplica uma força sobre a pessoa ?
MAS É CLARO !!!
Pela 3ª Lei de Newton sabemos que as forças sempre ocorrem aos pares, portanto, se a pessoa aplica uma força sobre a parede, você pode dizer com certeza absoluta que a parede também aplicará uma força, de mesma intensidade, sobre a pessoa.
Mas então como eu posso comprovar que a parede aplica força sobre a pessoa ?
Se a parede instantaneamente sumisse, o que aconteceria com a pessoa que a estava empurrando ? Pois é, ela cairia para frente. Como a pessoa não cai, quando está empurrando-a, significa que existe uma força que não permite que isso aconteça, e esta força é aplicada pela parede.

A força normal e a força peso é um par ação-reação ?
NÃO !!!
Mas vamos com calma, o que é ação-reação ?
Pela 3ª Lei de Newton, sempre que algum corpo aplica uma força sobre outro, este outro "devolve" esta força com a mesma intensidade e direção, mas em sentido contrário (lembre-se que a força é uma grandeza vetorial, possui intensidade, direção e sentido). Este par de forças na Física chama-se par ação-reação.
Então, o planeta aplica uma força sobre você (força peso) e você aplica uma força sobre o planeta (que não é a força normal). Você aplica uma força sobre o piso, e o piso "devolve" a força para você (força normal). Repare que o par ação-reação nunca é aplicado sobre um mesmo corpo. Cada uma das duas forças é aplicada em corpos diferentes. 
Imagine um cavalo puxando uma carroça. Se o cavalo aplica uma força sobre a carroça, e a carroça aplica uma força de mesma intensidade mas sentido contrário sobre o cavalo, como estas duas forças não se cancelam ? Afinal, o cavalo consegue puxar a carroça !!!
Na verdade estas duas forças formam um par ação-reação, e não são aplicadas sobre o mesmo corpo. Uma força é aplicada na carroça e a outra no cavalo. Somente as forças que são aplicadas sobre um mesmo corpo podem ser somadas ou subtraídas, e eventualmente canceladas.

Carma e Lei de Ação e Reação
Carma é uma palavra sânscrita que significa "fazer", "ser", "agir". Pode-se dizer que é o somatório dos méritos e dos deméritos de cada indivíduo. Ao lado do carma individual, fala-se, também, do carma coletivo, ou seja, há uma espécie de compensação, tanto individual como coletiva, de todos os seres da humanidade.
A Lei do carma é muito mais uma lei de reação do que de ação. Vivemos envoltos com o que fomos no passado. Daquilo que fizemos, segue o que recolheremos.
A Lei de ação e reação, esboçada com o auxílio da Doutrina Espírita, é bem diferente da Lei do Carma: faz-nos refletir sobre o tempo.
Observe uma ação má realizada há 100 anos. Na época atual, ela terá outro peso e outra medida. Nesse sentido, tanto mudam o Espírito obsessor quanto nós mesmos. De modo que raciocinar em termos de lei de talião - olho por olho, dente por dente - não é recomendável. O melhor é pensar que cada boa ação no presente está modificando para melhor a má ação do passado.

Em outros termos, estamos modificando a causa.
Um exemplo clássico no meio espírita é a história retratada pelo Espírito Hilário Silva, no capítulo 20 do livro A Vida Escreve, psicografada por F. C. Xavier e Waldo Vieira, no qual descreve o fato de Saturnino Pereira que, ao perder o dedo junto à máquina de que era condutor, se fizera centro das atenções: como Saturnino, sendo espírita e benévolo para com todas as pessoas, pode perder o dedo?
Parecia um fato que ia de encontro com a justiça divina. Contudo, à noite, em reunião íntima no Centro Espírita que freqüentava, o orientador espiritual revelou-lhe que numa encarnação passada havia triturado o braço do seu escravo num engenho rústico.
O orientador espiritual assim lhe falou: "Por muito tempo, no Plano Espiritual, você andou perturbado, contemplando mentalmente o caldo de cana enrubescido pelo sangue da vítima, cujos gritos lhe ecoavam no coração. Por muito tempo, por muito tempo... E você implorou existência humilde em que viesse a perder no trabalho o braço mais útil.
Mas, você, Saturnino, desde a primeira mocidade, ao conhecer a Doutrina Espírita, tem os pés no caminho do bem aos outros. Você tem trabalhado, esmerando-se no dever... Regozije-se, meu amigo!
Você está pagando, em amor, seu empenho à justiça..."

Ação e Reação
Sérgio Biagi Gregório

SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Aspectos Gerais. 4. Ação: 4.1. Princípio da Ação; 4.2. Os Meios e os Fins de uma Ação; 4.3. Autonomia de uma Ação. 5. Reação: 5.1. Reação não é só Sofrimento; 5.2. Lei de Deus; 5.3. A Inexorabilidade da Lei. 6. A Passagem do Tempo entre a Ação e a Reação: 6.1. Antecedentes e Conseqüentes; 6.2. O Tempo Modifica a Causa; 6.3. Perda do Dedo e não do Braço. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.

1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste estudo é mostrar que o acaso não existe e que um futuro promissor depende das boas ações praticadas no presente.

2. CONCEITO
Ação – ato o efeito de agir. Manifestação de uma força, de uma energia, de um agente.
Em termos espirituais, a ação inteligente do homem é um contrapeso que Deus dispôs para estabelecer o equilíbrio entre as forças da Natureza e é ainda isso o que o distingue dos animais, porque ele obra com conhecimento de causa. (Equipe da FEB, 1995)
Reação - Ato ou efeito de reagir. Resposta a uma ação qualquer. Comportamento de alguém em face de ameaça, agressão, provocação etc.
Em termos espirituais, a reação é a conseqüência que a ação humana acarreta ao ser defrontada com a Lei Natural. 

3. ASPECTOS GERAIS
Deus, que é inteligência suprema e causa primária de todas as coisas, estabeleceu leis, chamadas de naturais ou divinas. Elas englobam todas as ações do homem: para consigo mesmo, para com o próximo e para com o meio ambiente.
Numa fase mais rudimentar, funciona o determinismo divino; com o desenvolvimento do ser, Deus faculta-lhe o livre-arbítrio, a fim de que sinta responsabilidade pelos atos praticados.
Assim, o homem tem uma lei, uma diretriz, um modelo colocado por Deus na sua consciência, no sentido de nortear-lhe os seus atos.
A reação nada mais é do que uma resposta da natureza às nossas ações. Reações estas baseadas na lei natural.
O raciocínio poderia ser expresso assim:
há uma ação que provoca uma reação;
a ação da reação provoca uma nova reação;
a ação da reação da reação provoca outra ação.
A isso poderíamos denominar de cadeias de ação e reação.
A filosofia hindu chama essa cadeia de Carma, ou seja, o somatório do mérito e do demérito de todas as ações praticadas pelo indivíduo.
A finalidade dessa cadeia de ação e reação é a perfeição do Espírito.

4. AÇÃO
4.1. PRINCÍPIO DA AÇÃO
Os movimentos que executamos em nosso dia-a-dia caracterizam as nossas ações. Fazer ou deixar de fazer, escrever ou não escrever, obedecer ou mandar são atitudes corriqueiras em nossa ocupação diária. Ocupar-se provém de um preocupar-se. À preocupação com uma ação futura, denominamos princípio da ação.
Um exemplo tornará claro esse pensamento. Barbear-se é uma ação que a maioria dos homens pratica. O barbear-se está ligado a um princípio que o indivíduo forjou para si, ou seja, ele tomou uma decisão de apresentar-se barbeado. Ele deseja estar barbeado e não barbudo, como também poderia escolher ficar com barba. Nesse caso, eliminaria a ação de barbear-se, mas deveria aparar as barbas uma vez por semana.
Assistir a ou proferir uma palestra é uma ação. O princípio subjacente a este encontro está calcado tanto na conduta do expositor quanto na do ouvinte. O primeiro tem o dever de preparar o assunto; o segundo, o preparo mental e espiritual para ouvir.
4.2. OS MEIOS E OS FINS DE UMA AÇÃO
Estamos sempre confundindo os meios com os fins. Poder-se-ia perguntar: qual o fim de uma palestra? Qual o fim de uma religião? Qual o fim de um sindicato? As respostas poderiam ser: o fim de uma palestra espírita é difundir a verdade; o fim da religião é salvar os seus adeptos; o fim de um sindicato é defender os interesses de seus associados.
Pode-se, contudo, confundir os meios com os fins: o expositor pode querer fazer prosélitos à custa da verdade; o Pastor, o Padre ou o mesmo o Espírita embora clamem pela salvação do adepto, acabam proibindo a salvação do mesmo em outra Igreja que não seja a sua; O presidente do sindicato pode promover greves, não para defender os interesses dos seus associados, mas para a sua ascensão política.
4.3. AUTONOMIA DE UMA AÇÃO
Temos, por várias razões, dificuldade de agir livremente. 1) A ignorância. Como escolher quando não se conhece? 2) Desenvolvimento determinístico imposta pelo princípio de causalidade. 3) Escassez de recursos naturais. São os terremotos, tempestades, acidentes etc.
O que permanece livre dessas amarras constitui o livre-arbítrio.
Há uma lenda japonesa que retrata a autonomia da ação.
Kussunoki Massashige, famoso guerreiro do antigo Japão, celebérrimo pela sua inteligência e pelos seus lances geniais de estratégia, vivia desde sua infância no meio dos guerreiros.
Uma vez, no castelo de seu pai, observava os guerreiros que, reunidos ao redor de um enorme sino, apostavam quem deles conseguiria pô-lo em movimento. Contudo, nenhum deles, mesmo o mais hercúleo conseguiu mover milímetro do sino. O menino assistia a tudo isso com muito interesse. De repente, apresenta-se para mover o sino, desde que tomasse o tempo necessário para tal mister. Ele cola o seu corpo ao sino e começa a fazer esforço para balançar o sino. Depois de várias tentativas o sino começou a mover-se; primeiro lentamente; depois com mais força, formando uma simbiose entre o sino e o peso do garoto.
Qual a lição moral deste conto? É que devemos nos amoldar à situação e não o contrário. Observe a chegada de novos companheiros a um Centro Espírita: quantos, numa primeira reunião, não querem mudar tudo. Qual o resultado? Não conseguirão nada, porque não absorveram as atitudes e os comportamentos das pessoas envolvidas com a situação.

5. REAÇÃO
5.1. REAÇÃO NÃO É SÓ SOFRIMENTO
Geralmente, a palavra reação vem impregnada de dor e de sofrimento: é como o pecador ardendo no fogo do inferno. No meio espírita, toma-se como sinônimo de carma, que implica em sofrer e resgatar as dívidas do passado. A reação, por seu turno, nada mais é do que uma resposta – boa ou má –, em razão de nossas ações. A reação é simplesmente uma resposta, nada mais. Suponha que estejamos praticando boas ações. Por que aguardar o sofrimento? Não seria melhor confiar na Vontade de Deus, na execução de sua justiça, que nos quer trazer a felicidade?
5.2. LEI DE DEUS
Qual o móvel que determina uma reação? É a Lei de Deus. Se a prática de uma ação não for concernente com a Lei de Deus, ou seja, se ela não expressar o bem ao próximo, ela não foi praticada em função da vontade de Deus. Qual será a reação com relação à Lei? Dor e sofrimento.
Qual deve ser a nossa atitude para com a dor? Quem gosta de sofrer? Acontece que sem ela não conseguiremos nos amoldar eficazmente à Lei de Deus. Se, por outro lado, interpretássemos a dor e o sofrimento como um ganho, um aprendizado das coisas úteis da vida, quem sabe não viveríamos melhor.
5.3. A INEXORABILIDADE DA LEI
A Lei de Deus é justa e sábia. É por isso que dizemos que o acaso não existe. Isso quer dizer que tudo o que se nos acontece deveria nos acontecer. Nesse sentido, Deus não perdoa e nem premia. Faz, simplesmente, cumprir a sua Lei.
Como é que deveríamos agir com relação ao sofrimento? Verificar onde erramos. Caso tenhamos cometido algum crime, algum deslize, deveríamos nos arrepender. Basta apenas o arrependimento? Não. É preciso sofrer de forma educada. Ainda mais: temos que reparar o mal que fizemos.
Deus se vale das pessoas, mas o nosso problema é com relação a radicalidade de sua Lei. E não adianta adiar porque, mais cedo ou mais tarde, a nossa consciência nos indicará o erro e teremos que refazer o mal praticado.

6. A PASSAGEM DO TEMPO ENTRE A AÇÃO E A REAÇÃO
6.1. ANTECEDENTES E CONSEQÜENTES
A causa passada gera uma dor no presente; a causa presente provoca um sofrimento futuro. Um fato social é um evento quantitativo: aconteceu em tal dia, em tal local e em tal hora.
A passagem do tempo transforma o fato quantitativo em fato qualitativo. Como se explica? Observe a água: ela é formada da junção de 2 elementos de hidrogênio com 1 de oxigênio. A água, embora contenha dois elementos de hidrogênio e um de oxigênio, é qualitativamente diferente do hidrogênio e do oxigênio.
6.2. O TEMPO MODIFICA QUALITATIVAMENTE A CAUSA
Transportemos o exemplo da água para o campo moral. Suponha que há 300 anos houve um assassinato entre duas pessoas que se odiavam. Como conseqüência, criou-se um processo obsessivo entre os dois. O fato real e quantitativo: um assassinato, que produziu um agravo à Lei de Deus e que deverá ser reparado. Os 300 anos transcorridos modificaram tanto aquele que cometeu o crime quanto aquele que o sofreu. E se a vítima já perdoou o seu assassino? E se o assassino vem, ao longo desse tempo, praticando atos caridosos? Será justo aplicar a lei do olho por olho e dente por dente? Aquele que matou deverá ser assassinado? O que acontece? Embora o assassino tenha que reparar o seu erro, pois ninguém fica imune diante da lei, a pena pode ser abrandada, em virtude de seus atos benevolentes.
6.3. PERDA DO DEDO E NÃO DO BRAÇO
Esta história foi retratada pelo Espírito Hilário Silva, no capítulo 20 do livro A Vida Escreve, psicografada por F. C. Xavier e Waldo Vieira, no qual descreve o fato de Saturnino Pereira que, ao perder o dedo junto à máquina de que era condutor, se fizera centro das atenções: como Saturnino, sendo espírita e benévolo para com todas as pessoas, pode perder o dedo? Parecia um fato que ia de encontro com a justiça divina. Contudo, à noite, em reunião íntima no Centro Espírita que freqüentava, o orientador espiritual revelou-lhe que numa encarnação passada havia triturado o braço do seu escravo num engenho rústico. O orientador espiritual assim lhe falou: “Por muito tempo, no Plano Espiritual, você andou perturbado, contemplando mentalmente o caldo de cana enrubescido pelo sangue da vítima, cujos gritos lhe ecoavam no coração. Por muito tempo, por muito tempo... E você implorou existência humilde em que viesse a perder no trabalho o braço mais útil. Mas, você, Saturnino, desde a primeira mocidade, ao conhecer a Doutrina Espírita, tem os pés no caminho do bem aos outros. Você tem trabalhado, esmerando-se no dever... Regozije-se, meu amigo! Você está pagando, em amor, seu empenho à justiça...”

7. CONCLUSÃO
A prática da caridade tem valor científico, ou seja, ajuda-nos a reparar os danos que causamos à Lei Divina. Assim, se soubermos viver sóbrios e sem muitos agravos à Lei, certamente faremos uma passagem tranqüila ao outro plano de vida.

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BOULDING, K. E. Princípios de Política Econômica. São Paulo, Meste Jou, 1967.
BUZI, ARCÂNGELO R. A Identidade Humana: Modos de Realização. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro, FEB, 1995.
XAVIER, F. C. Ação e Reação, pelo Espírito André Luiz. 5. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1976.
XAVIER, F. C., VIEIRA, W. A Vida Escreve, pelo Espírito Hilário Silva. 3. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1978.

domingo, 29 de abril de 2012

Renascimento!!

O ato de renascer é quando estamos no nosso pior momento, quando chegamos ao fundo do poço e é lá que reencontramos a nossa força ou encontramos essa força que  muitas vezes vem de outra pessoa ou pessoas. O poço, lugar esse escuro, profundo e fétido, ninguém desce lá porque quer, mas só nos damos conta que chegamos a esse poço, quando olhamos em volta e só enchergamos murros e paredes, quando não conseguimos mais visualizar a luz.
A luz:
Algo divino e maravilhoso, a busca pela nossa paz, harmonia e espiritualização. Pois eu tive essa chance de sair da escuridão deste poço através de um amigo de luz e posso afirmar que farei todo o possível para não mais voltar a esse poço, chega de sofrimento, isolamento e escuridão quero ser útil um trabalhador da seara de Deus.
Quero fazer somente o bem aprender os ensinamentos e passá-los adiante, há tantos irmãos necessitando deste auxilio, mas poucos abrem seus corações e pedem o perdão de coração o perdão verdadeiro. Eu meus amigos, fui sincero no meu pedido de perdão e fui atendido na minha solicitação e é por isso que não desperdiçarei esta oportunidade, que meus inimigos m perdoem, pois vou em busca deles para pedir este perdão e é com eles que vou obter os mais profundos ensinamentos é através deles que subirei mais um degrau em minha evolução, sei que tenho muito a evoluir, mas sinto que através deles terei grandes oportunidades.
Por isso meus irmãos nunca disperdissem suas oportunidades, pois vocês nunca saberão quando ela vai surgir novamente, agarre-as com toda a sua força quando a oportunidade bater a "sua porta".
Como disse; A minha eu agarrei. 
Esse é apenas o relato de um irmão que já esteve nas trevas e hoje esta em uma colonia, estudando e aprendendo para poder voltar lá, não como vítima, mas sim como um novo trabalhador da seara de Nosso Pai. Fiquem em paz na luz de Nosso Senhor..

Um fraterno abraço.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

BOA LEITURA GALERA!!!!!

ANENCEFALIA
Anencefalia - Psicografia de Divaldo Franco por Joanna de Ângelis

       Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine.
      O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.
     De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.
     O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.
     Agindo sob o impacto das tendências que nele jazem, fruto que são de vivências anteriores, elabora, inconscientemente, o programa a que se deve submeter na sucessão do tempo futuro.
     Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica ou o seu inverso, em forma de transtornos de vária denominação, fazem-se ocorrência natural dessa elaborada e transata proposta evolutiva.
     Todos experimentam, inevitavelmente, as consequências dos seus pensamentos, que são responsáveis pelas suas manifestações verbais e realizações exteriores.
     Sentindo, intimamente, a presença de Deus, a convivência social e as imposições educacionais, criam condicionamentos que, infelizmente, em incontáveis indivíduos dão lugar às dúvidas atrozes em torno da sua origem espiritual, da sua imortalidade.
     Mesmo quando se vincula a alguma doutrina religiosa, com as exceções compreensíveis, o comportamento moral permanece materialista, utilitarista, atado às paixões defluentes do egotismo (sentimento exagerado da própria personalidade).
     Não fôsse assim, e decerto, muitos benefícios adviriam da convicção espiritual, que sempre define as condutas saudáveis, por constituírem motivos de elevação, defluentes do dever e da razão.
     Na falta desse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se encontra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes...
     Desequipado de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança, o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo que ainda jaz no ser, trabalhando em favor do egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos aos outros, às circunstâncias ditas aziagas (azaradas), que consideram injustas e, dominados pelo desespero fogem através de mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degrada, entre os quais o nefando suicídio.
     Na imensa gama de instrumentos utilizados para o autocídio, o que é praticado por armas de fogo ou mediante quedas espetaculares de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila...
     Não ficariam aí, porém, os danos perpetrados, alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se encarregará de compor os futuros aparelhos materiais para o prosseguimento da jornada de evolução.
    É inevitável o renascimento daquele que assim buscou a extinção da vida, portando degenerescências (alteração dos caracteres de um corpo oganizado) físicas e mentais, particularmente a anencefalia.
    Muitos desses assim considerados, no entanto, não são totalmente destituídos do órgão cerebral.
     Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.
     Expressivo número de anencéfalos preserva o cérebro primitivo ou reptiliano, o diencéfalo e as raízes do núcleo neural que se vincula ao sistema nervoso central...
     Necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após o renascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.
     Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo conhecimento genético atual...
     Não se tratam de coisas conduzidas interiormente pela mulher, mas de filhos, que não puderam concluir a formação orgânica total, pois que são resultado da concepção, da união do espermatozoide com o óvulo.
     Faltou na gestante o ácido fólico, que se tornou responsável pela ocorrência terrível.
     Sucede, porém, que a genitora igualmente não é vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.
     Quando as legislações desvairam e descriminam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, a passos largos, para a legitimação de todas as formas cruéis de abortamento.
     E quando a humanidade mata o feto, prepara-se para outros hediondos crimes que a cultura, a ética e a civilização já deveriam haver eliminado no vasto processo de crescimento intelecto-moral.
     Todos os recentes governos ditatoriais e arbitrários iniciaram as suas dominações extravagantes e terríveis, tornando o aborto legal e culminando, na sucessão do tempo, com os campos de extermínio de vidas sob o açodar (instigar) dos mórbidos preconceitos de raça, de etnia, de religião, de política, de sociedade...
     A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.
     As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram assassinadas quando nasciam com qualquer tipo de imperfeição, não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que ainda são atiradas aos rios, por portarem deficiências, para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.
     Qual, porém, a diferença entre a atitude da civilização grega e o primarismo selvagem desses clãs e a moderna conduta em relação ao anencéfalo?
     O processo de evolução, no entanto, é inevitável, e os criminosos legais de hoje, recomeçarão, no futuro, em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do comportamento, aprendendo através do sofrimento a respeitar a vida... 
     Compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se.
     Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como acontece amiúde, se também o matarias?
     Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.
     Aprende a viver dignamente agora, para que o teu seja um amanhã de bênçãos e de felicidade.

                            Joanna de Ângelis 
  
(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 11 de abril de 2011, quando o Supremo Tribunal de Justiça, estudava a questão do aborto do anencéfalo, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia).

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Passado!!

Segue. Não te detenhas
Nas sombras que se foram.
Angústia e depressão?
Não desperdices tempo.
Fita a luz da manhã
Renovando-te a senda.
Faze o bem que puderes,
Prestigiando as horas.
Ama, Serve e perdoa.
Foge à tristeza inútil.
O que passou pertence
Aos domínios de Deus.


Emmanuel.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pensamento do Dia!!

Sorria, brinque, chore, beije, morra de amor, sinta, sonhe, grite e acima de tudo VIVA!.
O fim, nem sempre é o final.
A vida, nem sempre é real.
O passado, nem sempre passou.
O presente, nem sempre ficou e o hoje, nem sempre é agora.
Tudo que vai, volta e se voltar é porque é feito de AMOR!!!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O NOVO HOMEM

A verdade não exige mais do que fazer uma aliança com o homem; mas ela quer que seja com o homem puro, sem nenhuma mistura com qualquer coisa que não seja fixo e eterno como ela.

A verdade quer que esse homem se purifique e se regenere continuamente, e por inteiro, na fonte do fogo e na sede da unidade; quer que a terra absorva os pecados dele todos os dias, isto é, que absorva toda a sua matéria, porque este é o seu verdadeiro pecado; quer que tenha o corpo sempre pronto para a morte e os sacrifícios, a alma pronta para o exercício de todas as virtudes, o espírito pronto para entender todas as luzes e fazê-las frutificar para a glória da fonte de onde provêm; quer que se considere em todo o seu ser como um exército sempre em prontidão, prestes a marchar ao primeiro sinal; quer que tenha uma resolução e uma constância que nada possa alterar, e estando avisado de que continuando encontrará apenas sofrimento, porque o mal vai se oferecer a cada passo, que essa perspectiva não o detenha em sua marcha, e que dirija sua visão exclusivamente, para o marco que o espera ao fim do percurso.
Se ela o encontra nessa disposição, aí estarão as promessas que lhe faz e os favores que lhe destina. Porque tão logo o interior do homem se lhe abre, ela é inundada por uma carga de alegria, não somente como a mãe mais terna por um filho que não vê há muito tempo, mas como o mais augusto gênio à vista da mais sublime produção que, inicialmente, lhe parecia bisonha, estranha a seu espírito e, por assim dizer, apagada de sua memória, mas que, em seguida, lhe faz unir o amor mais vivo a essa profunda admiração, quando esse excelso gênio chega a reconhecer que essa sublime produção é um trabalho seu.
Mal a verdade vê nascer o desejo e a vontade no coração do homem, precipita-se com todos os ardores da sua Vida Divina e do seu amor. Às vezes, não pede a ele mais que a privação de tudo o que é insignificante, e para esse sacrifício negativo, ela o suprirá de realidades. A primeira realidade é dar-lhe sinais de advertência e de preservação, a fim de que não tenha como Caim, razão para temer e dizer: “...quem me achar, me matará.”
Em seguida, põe sobre ele os sinais do terror, para que sua presença provoque medo e faça seus inimigos fugirem; finalmente ela o ornamenta com os sinais da glória, a fim de que possa fazer brilhar a majestade do seu mestre e receber por todos os lados as honoráveis recompensas que são devidas a um servidor fiel.
É assim que ela tratará aqueles que tiverem confiança na natureza de seu ser; que não deixarem escapar a mínima centelha; que forem considerados como uma idéia fundamental ou um texto do qual a nossa vida inteira deveria ser apenas o desenvolvimento e o comentário, de maneira que todos os nossos momentos serviram para explicá-lo e torná-lo mais claro, e não para obscurecê-lo, apagá-lo e lançá-lo no esquecimento, como ocorre quase sempre para a nossa infeliz posteridade.
Para nos curar, a verdade possui um medicamento real, que sentimos fisicamente quando ela julga oportuno administrá-lo a nós. Esse medicamento é composto de dois ingredientes, de acordo com nossa enfermidade, que é uma mistura do bem com o mal e que apanhamos de quem não sabe se preservar do desejo de conhecer essa ciência fatal. É um medicamento amargo, mas é o seu amargor que nos cura, porque essa parte amarga, a justiça une-se ao que há de viciado em nosso ser para lhe trazer a retificação; então, o que há de sadio e vivo em nós, se une, por sua vez, ao que há de doce no medicamento, e obtemos saúde.
Enquanto essa operação medicinal não se realiza em nós, é inútil considerar-nos sadios e bem; não estamos sequer em condições de usar alimentos salutares e puros, porque nossas faculdades ainda não estão abertas para recebê-los. Dessa forma, não é suficiente para nosso restabelecimento, abster-nos de alimentos malsãos e corrompidos; é necessário que consumamos esse medicamento amargo que os ministros espirituais da sabedoria introduziu em nós, produzindo aí uma sensação dolorosa que poderíamos chamar de febre da penitência, mas que termina com a doce sensação da vida e da regeneração.
As pessoas que se encontram na via da regeneração, recebem e sentem esse medicamento todas as vezes que o inimigo as tocam, para viciar qualquer coisa em seu ser. Os outros nem o recebem, nem o sentem, porque se encontram num contínuo estado de transtorno e enfermidade que não permite ao medicamento aproximar-se deles.
Mas esse medicamento é tão necessário ao nosso restabelecimento, que aqueles que não o receberam não podem comer de forma proveitosa o “pão da vida” e não se tornam “ouro puro”.
Enfim, ele deve moldar e trabalhar nossa alma sem descanso, sem interrupção, como o tempo trabalha constantemente todos os corpos da natureza para reconduzi-los à pureza, à simplicidade e à atividade viva dos seus princípios constitutivos. É desse modo que se abre em nós uma fonte ativa, que é alimentada e mantida pela própria vida; e é por esse meio que atingimos uma natureza de alegrias que não cessam e que estabelecem em nós antecipadamente e para sempre, o reino eterno daquele que é.
É fácil constatar que esse medicamento não deve ser confundido com as atribulações terrenas, com as doenças do corpo, com as injustiças que podemos receber de nossos semelhantes e que mantêm nossa alma na angústia. Todas essas coisas são para punir a alma ou submetê-la à provação, mas não lhe dão mais que uma sabedoria temporária; ou por outra, só podemos receber a Vida Divina por preparações de mesma ordem; e o medicamento do qual falamos é essa preparação exclusiva. Feliz é aquele que perseverar até o fim, desejando-o e aproveitando-o todas as vezes que tiver a felicidade de experimentá-lo! Constatará desse modo que o homem pode ter grandes coisas a dizer, não necessariamente ditas por ele, e que ele deve esperar que o façam dizer ou escrever.
Pois o orvalho que Deus faz descer no homem é todo composto de ações totalmente vivas, totalmente formadas, totalmente completas, como guerreiros armados dos pés à cabeça, ou como médicos poderosos, portando nas mãos a ambrosia, ou como anjos celestes todos brilhantes tanto no interior como no exterior, luzes puras e santas da vida; e o homem destinado as ser o objeto e o receptáculo de tantos benefícios percebe pela inteligência, no meio desse orvalho sagrado, a mão suprema de Deus resplandecente de glória, que quer tomá-lo como o termo dessa incomparável magnanimidade. Tanto isso é verdadeiro que a palavra divina não pode vir a nós sem criar, ao mesmo tempo, todo um mundo.
Meu Deus, bem sei que sois a vida, e que não sou digno de que vos aproximeis de mim, que não sou senão desonra, miséria e iniqüidade. Sei bem que tendes uma palavra viva, mas que as trevas espessas da minha matéria impedem que os ouvidos de minha alma a ouça. Contudo, fazei entrar em mim em abundância essa palavra, para que seu peso possa contrabalançar a quantidade de vazio no qual está absorvido todo o meu ser, e que no dia do seu julgamento universal, o peso e a abundância de vossa palavra, possa me resgatar do abismo e me elevar até vossa santa morada; colocai nas diversas regiões e faculdades que me compõem, numerosos trabalhadores hábeis e vigilantes que desobstruam os canais de todas as suas imundícies e quebrem até mesmo as rochas que se opõem à circulação das águas; então a vida de vossas fontes puras e ativas em mim encherá meus rios até a borda; então criareis um mundo de espíritos em meu pensamento, um mundo de virtudes em meu coração e um mundo de poderes em minha ação, e será o todo-poderoso, o santificador universal, que sustentará, ele mesmo, todos os mundos em mim, nutrindo-os continuamente com suas próprias bênçãos.

Louis Claude de Saint-Martin (o FILÓSOFO DESCONHECIDO – 1790)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Pense Nisso

Eram aproximadamente 22:00 horas quando um jovem começou a se dirigir para casa.
Sentado no seu carro, ele começou a pedir:
- 'Deus! Se ainda falas com as pessoas, fale comigo.
Eu irei ouvi-lo.
Farei tudo para obdecê-lo'
Enquanto dirigia pela rua principal da cidade, ele teve um pensamento muito estranho:
- 'Pare e compre um galão de leite'..
Ele balançou a cabeça e falou alto:
- 'Deus? É o Senhor?'.
Ele não obteve resposta e continuou dirigindo-se para casa.
Porém, novamente, surgiu o pensamento:
- 'Compre um galão de leite'.
'Muito bem, Deus! No caso de ser o Senhor, eu comprarei o leite'.
Isso não parece ser um teste de obediência muito difícil...
Ele poderia também usar o leite.
O jovem parou, comprou o leite e reiniciou o caminho de casa.
Quando ele passava pela sétima rua, novamente ele sentiu um pedido:
- 'Vire naquela rua'.
Isso é loucura...
- pensou e, passou direto pelo retorno.
Novamente ele sentiu que deveria ter virado na sétima rua..
No retorno seguinte, ele virou e dirigiu-se pela sétima rua.
Meio brincalão ele falou alto
- 'Muito bem, Deus. Eu farei'.
Ele passou por algumas quadras quando de repente sentiu que devia parar.
Ele brecou e olhou em volta.
Era uma área mista de comércio e residência.
Não era a melhor área, mas também não era a pior da vizinhança.
Os estabelecimentos estavam fechados e a maioria das casas estavam
escuras, como se as pessoas já tivessem ido dormir, exceto uma do outro
lado que estava acesa.
Novamente, ele sentiu algo:
- 'Vá e dê o leite para as pessoas que estão naquela casa do outro lado da rua'.
O jovem olhou a casa.
Ele começou a abrir a porta mas voltou a sentar-se. -' Senhor, isso é loucura.
Como posso ir para uma casa estranha no meio da noite?'.
Mais uma vez, ele sentiu que deveria ir e dar o leite. Finalmente,ele abriu a porta...
- ' Muito Bem, Deus, se é o Senhor, eu irei e entregarei o leite àquelas pessoas.
Se o Senhor quer que eu pareça uma pessoa louca, muito bem.
Eu quero ser obediente.
Acho que isso vai contar para alguma coisa, contudo, se eles não responderem
imediatamente, eu vou embora daqui'.
Ele atravessou a rua e tocou a campainha.
Ele pôde ouvir um barulho vindo de dentro, parecido com o choro de uma criança.
A voz de um homem soou alto:
- 'Quem está aí? O que você quer?'
A porta abriu-se antes que o jovem pudesse fugir.
Em pé, estava um homem vestido de jeans e camiseta.
Ele tinha um olhar estranho e não parecia feliz em ver um desconhecido em pe na sua soleira.
- 'O que é?'.
O jovem entregou-lhe o galão de leite.
- 'Comprei isto para vocês'.
O homem pegou o leite e correu para dentro falando alto.
Depois, uma mulher passou pelo corredor carregando o leite e foi para a cozinha.
O homem a seguia segurando nos braços uma criança que chorava.
Lágrimas corriam pela face do homem e, ele começou a falar, meio soluçando:
- 'Nós oramos..
Tínhamos muitas contas para pagar este mês e o nosso dinheiro havia acabado.
Não tínhamos mais leite para o nosso bebê.
Apenas orei e pedi a Deus que me mostrasse uma maneira de conseguir leite.
Sua esposa gritou lá da cozinha:
- 'Pedi a Deus para mandar um anjo com um pouco de leite...
Você é um anjo?'
O jovem pegou a sua carteira e tirou todo dinheiro que havia nela e
colocou-o na mão do homem..
Ele voltou-se e foi para o carro, enquanto as lágrimas corriam pela sua face..
Ele teve certeza que Deus ainda responde aos verdadeiros pedidos.